Projetos
Projeto CNPq edital 54/2022
Desenvolvimento de algoritmos de aprendizagem de máquina para segurança do paciente no ambiente hospitalar
Palavras-chave: Eventos Adversos, Aprendizado de máquina, Processamento de Linguagem Natural, Segurança do Paciente, prontuário eletrônico
RESUMO
Os eventos adversos (EA) são incidentes relacionados à assistência à saúde que resultam em danos e comprometem a segurança do paciente, aumentando os custos, o tempo de internação e causando a morte de 3 hospitalizados a cada 5 minutos no Brasil. Apesar da importância de conhecer a magnitude dos EAs para o desenvolvimento de estratégias para ampliar a segurança do paciente, estes eventos são subnotificados. Para conhecer os EA que ocorrem nos hospitais de forma mais fidedigna, se faz necessário ferramentas que auxiliem na sua detecção e que não se dependa somente da notificação voluntária.
Estudos mostram o uso de técnicas de mineração de texto para identificação de eventos adversos em prontuários eletrônicos em inglês (Aramaki et al., 2010; Harpaz et al., 2010; Wang et al., 2009) e em português (Lourenço et al., 2014; Silva et al., 2017).
Este trabalho pretende desenvolver um conjunto de métodos para o tratamento computacional dos dados em prontuários eletrônicos do paciente (PEP) para auxiliar na identificação de prováveis EA, sendo implantados no sistema NoHarm (que está implantado em 50 hospitais e atende leitos SUS de forma gratuita). Serão investigados eventos adversos de infecção hospitalar, lesão hepática induzida por medicamentos e sangramento relacionado ao uso de medicamentos.
A metodologia está baseada em técnicas de inteligência artificial, tais como uso de processamento de linguagem natural na análise dos textos a partir de sistema de classificação. As evidências para a classificação dos EA serão explicadas com base em técnicas de explicabilidade em inteligência artificial. Esta abordagem visa acelerar a identificação de novos rastreadores e a melhor identificação de EA em PEPs, possibilitando ações que proporcionem maior segurança do paciente e otimização do tempo da equipe de saúde.
Os resultados esperados são algoritmos que vão identificar e/ou predizer estes EA, sendo implantados na NoHarm.
Instituições parceiras: Grupo Hospitalar Conceição, UFCSPA, UFRGS, PUCRS e Universidade de Évora
Pesquisadores (as):
Ana Helena Ulbrich (NoHarm)
Brenda Petró (UFCSPA)
Bruna Donida (GHC)
Carine Blatt (UFCSPA)
Catherine Isoppo (NoHarm)
Diogo Pilger (UFRGS)
Gabriela Ortiz (UFCSPA)
Henrique Dias (NoHarm)
Kauane dos Santos (UFRGS)
Juliana Damasio (NoHarm)
Júlia Couto (NoHarm)
Marcelo Arocha (NoHarm)
Mariana Rocha (UFRGS)
Rafael Bordini (PUCRS)
Renata Vieira (Évora)
Thiela Freitas (GHC)